quinta-feira, 3 de julho de 2025

Tempo de Enamoramento (Mês dos Enamorados 5)

 






"A maior expressão de amor é  a atenção e o cuidado."


Adolescentes, sonhamos com castelos, príncipes  e princesas.
Na maturidade,  crescemos no amor e o amamos, tornamo-nos amantes enamorados do próprio amor.
Nosso coração se expande, torna-se generoso...
Mais tarde, desiludidos,  nosso coração se emperra; empedrados, fechamos as  portas às ilusões. 
Eis que chegamos ao estágio  maduro onde, sem amor pulsando no peito, não  dá mais para viver!
Chega a melhor fase: o Estado de Enamoramento legitimo, aquele que é capaz de perdoar verdadeiramente.
É  sempre Tempo.



"Acontece entre pessoas que gostam uma da outra, existe esse sentimento de antecipação quando se sabe que vai haver um encontro."




No tempo do Enamoramento, 

Sem nenhum aborrecimento, 

Só brandura, mansidão, 

Alegria sem fim no coração. 


No tempo do Enamoramento, 

Diálogo de paz, não tormento,

Cumplicidade sem limite,

Doçuras em forma de convite.


No tempo do Enamoramento, 

Há  delicadezas, encantamento, 

Um mundo de mil certezas,

Sem intenções perversas.


No tempo do Enamoramento,

Há magia no ar a encantar,

Sussurros ao ouvido, delírios,  

Conquistas em chamariscos.


No tempo do Enamoramento, 

Só gratidão, tudo é emoção,

Sonhar a dois é  benfazejo,

Como todo perfeito cortejo. 

💙💙


O coração, meio desenganado, agitou-se outra vez.

(Machado de Assis)

💙💙

Vamos aos Duetos Amorosos?

Tema: Tempo de Enamoramento

💙 Chica 💙

💙 Antônio Apon 💙

💙 Antônio Apon 💙

(Youtube poema musical)

💙Marta Vinhais💙

💙  Nuria Espinosa 💙

💙 Edite Lima 💙

💙 Maria Luíza Saes  💙

💙 Norma Emiliano 💙

💙 Emília Simões 💙

💙 Toninho 💙

💙 Olinda Melo 💙

Com um poema narrativo, abordando um tema romântico, eis meu idílio amoroso!

Enamoramento, é Tempo!


Fecharam-se em  Castelos ajardinados,   

eram altos seus muros, 

Presos com ferrolhos bem seguros,  

cadeados em todas as portas internas.


Sonhavam com príncipes, princesas, 

não abriam os pesados portões 

dos seus palácios. 

Ambos eram amantes do amor, 

apesar de serem sozinhos 

em seus imensos Castelos. 


Os primeiros ocupantes abandonaram 

tais relíquias da humanidade, 

tanto da parte dele como dela.


Eram pessoas preciosas, 

não tinham tido cuidados como mereceriam.

Seus temperamentos, generosos por índole,  

têmperas moderadamente centradas, 

firmavam-se na beleza da natureza. 


Estavam em seus Castelos 

protegidos de todo mal,

era, de certa forma, confortável. 

Com o passar do tempo, 

não sentiam mais falta de companhia. 


A solidão invadiu seus fortes e corações, 

deixando-os petrificados, 

seus âmagos estavam endurecidos. 


Um belo dia, o cavaleiro valente,

teve vontade de sair das suas terras,

rodeou outros vergéis  muito bem cuidados. 

Como romper tais pedregulhos dos caminhos,

muralhas de pedra tão altas a ele, não sabia.


A habitante de um lindo palácio

não pretendia mais se relacionar com ninguém, 

o abandono lhe deixara marcas funestas.

No máximo, admitia chegar aos janelões, 

esconder-se nas cortinas acetinadas 

cheirando a mofo de tão antigas.


O visitante  a viu de relance à  janela, 

sentiu algo muito estranho, o deixou irrequieto,  

era boa a sensação, em princípio.

Tentou chamar sua atenção,

a muralha era imensa, o eco não alcançava,

não havia vento  favorável. 


Viu-a fechando a janela, 

foi embora em seu cavalo alazão.

Passaram-se os dias, 

teve nova vontade de sair do seu casulo. 

Algo lhe atraiu aquele lugar 

onde viu a moça solitária. 

Lá  estava ela exuberante...


Seus lindos cabelos loiros 

estavam esvoaçantes naquele momento, 

concluiu haver vento, não hesitou,  

começou a cantar um linda canção de amor.


A moça olhava de um lado ao outro, 

nada vendo de diferente,

ouvia a canção, com o coração,

se intrigava querendo saber donde vinha 

tal melodia tão lírica.


Num certo momento, olhou abaixo,

viu o moço a cantarolar.

Ele lhe acenou, ela revidou.

Como adentrar em seu Castelo,

pior,  como entrar em seu coração? 

Tão  difícil! Talvez impossível, bem sabia. 

 

Relacionar-se dá muito trabalho,

sair do mundo individual é  muito dispendioso,

resolveu voltar ao seu lugar de origem.

Era covarde demais 

para romper aquelas muralhas,

grilhões, na certa,  teria muito trabalho. 


Enamorar-se de novo, nunca mais, 

pensaram, ambos morreram em seus egoísmos.

Não tiveram tempo hábil 

a romperem suas inseguranças, medos,

os desafios os venceram.


Voltando aos castelos,

aos quartos, em suas camas, 

foram acordados pelas mucamas.

A corte onde reinavam 

havia-lhes preparado uma festa de Bodas de Ouro 

como nunca se viu naquela região. 


O pesadelo havia acabado,  

dormindo em berço  de ouro,  

eles viveram, oniricamente, 

a experiência da extrema solidão da alma,

puderam perceber como eram felizes juntos. 


O Amor reinava naquele reino encantado,

frutificou em dois príncipes e uma princesinha.

Eles eram os reis daquele Palácio, 

o mais importante era o reinado 

no coração um do outro. 


Amavam-se, eram extremamente felizes, 

o Tempo de Enamoramento entre eles  fluía,

era sempre atemporal.

💙Roselia Bezerra 💙


Tempo de Enamoramento

Pele com pele,
olhar que repousa,
suspiro sem pressa,
mãos enlaçadas.

Sombra de folhas,
luz derramada,
flores que espiam,
vento em dança.

Silêncio que fala,
coração que escuta,
sorrisos entregues,
promessas caladas.

Instante que vive,
tempo que some,
alma que busca,

amor que fica.

💙 Fê Blue Bird 💙

*

Tempo de Enamoramento

Dois corpos, um silêncio. Tudo pulsa ao redor, mas só eles escutam — o rumor das próprias almas, o compasso novo de um tempo que não se mede em horas, mas em toques, olhares, respiros partilhados.

Ela, luz suave em forma de pele. Ele, abrigo feito gesto. Não dizem palavra, mas dizem tudo. Entre as mãos, a certeza de algo que nasceu devagar, como nascem as coisas eternas.

O jardim sussurra histórias antigas. As árvores curvam-se, cúmplices. O céu desce só para vê-los de perto. E o mundo, nesse instante, aprende a esperar. Porque tudo ali é começo. Tudo ali é promessa. Tudo ali é tempo — tempo de enamorar.

(Fê Blue Bird)

Em Poesia ou prosa...


Sejam todos bem-vindos ao último Dueto do Mês de junho que teve fim, mas foi de muito Amor no Brasil.

Agradeço,  antecipadamente, a generosa participação de todos e tantos amigos poetas da nossa blogosfera que ultrapassam desafios a fim de estarem unidos numa interação fraterna.

Sou a todos muito  grata.

No próximo domingo,  sairão as Ressonâncias do Mês  dos Enamorados. 

Sejamos todos felizes e abençoados!

Amemos, não deixemos que o desamor do outro faça nosso  coração abominar o sentimento Amor.

Protejamo-nos do mal.

Façamos somente o bem.



Obrigada, querida amiga Emília Simões.