Desencantando

 

"É leviandade e vaidade de um homem que faz jogo com as paixões e os sentimentos ingênuos de uma criatura."

Machado de Assis 

É  dor na alma desajeitada, 

Sensação dolorida, desarmada,

Angústia jamais consolada,

Deixa-me com a alma amarrotada. 

O coração sombrio pede socorro,

Estrangulado está, como um murro

Na alma, agita-se. Já eu, morro.

Minh'alma grita, eu dou um urro.

Pouco a pouco, invade a angústia,

Sou conduzida pela dura melancolia.

A vida pede passagem, urge viver,

Não é miragem, preciso esquecer.

💙

"É da natureza desses assomos sensuais irem tão súbito como aparecem.

Não medem consequências dos atos no coração do outro.

O que desejam é a satisfação dos caprichos, sem mais cuidar no desenlace das coisas, nem na lógica forçada do "crime" que cometem ao coração alheio.

Não medem a consequência desse desencanto.

Não pensam na profundeza da alma que iludem.

A vaidade quando dominado o coração do homem não deixa atender a nenhum sentimento mais, a nenhuma razão.

Há homens que bafejam hálito de desgraça...

Ficam depois como muitos: sobranceiro a tudo.

Não se brinca com o Amor ou com o sofrimento.

Desdém é resfriamento no Amor."