18 anos da promulgação da Lei Maria da Penha..

 

Há alguns anos, quase uma década, participei da Antologia Violência Contra as Mulheres, por solidariedade às mulheres que sofreram ou sofrem nas mãos de psicopatas. 

Leva-se anos e anos para a recuperação e ela não se faz total. Há sequelas imensas e, quando se arriscam noutro relacionamento, podem ter novos desafios e as mesmas consequências, deixam-se "apanhar " emocionalmente .

O Dr. Adalberto Barreto, criador da Terapia Comunitária no Brasil e disseminada no mundo, nos ensina que a tendência da mulher "estropiada" é se unir a outros seres também "estropiados" na alma de alguma forma. Relação de identificação.

O medo a afastará do Amor e pode ser por décadas ou pela vida inteira...

Repudio toda forma de violência, de não respeito às mulheres.

Não é culpa das mulheres como a sociedade machista tenha incutir nas mentes fechadas,. Não serão roupas, comidas queimadas, contatos virtuais e outros que podem taxá-las de desqualificadas.

Tudo se torna desculpa para um desalmado, sem escrúpulos, na sociedade corrupta e machista.

Normalmente, a mulher afetuosa se deixa seduzir por palavras bonitas, por gestos delicados do início que eles são peritos em pronunciar.

Homens que dizem eu te amo com certa facilidade e depois mostram as garras.

Só estando na pele delas para se saber o que passam ou passaram de fato.

Eles têm uma lábia fenomenal, elas possuem um coração meigo, bondoso... Caem facilmente, são presas fáceis aos delinquentes.

Homens sem coração, impiedosos e manipuladores. Não sabem se fazer amar a não ser pelo grito e violência que as afasta cada vez mais e mais.

São sádicos na essência da sua alma, estupradores de tudo que há de mais sensível.

A mulher vítima se resigna, pelo medo, a ficar só o resto da sua vida.

A violência seja moral, emocional, física ou psicológica é crime.

Fujamos o quanto antes dos sanguinários...

Temos há 18 anos a promulgação da Lei Maria da Penha.

Em briga de marido e mulher se mete a colher sim...

Salvemos uma vida! 

DENUNCIE! X

Nunca se sabe se a violência fatal pode bater à nossa porta.

(Deus nos livre de todo mal)...

Quando começamos a justificar a violência, corremos o risco de passar a mensagem de que o violento é bonzinho e que, às vezes, temos que ser violentos.

(Pe. Zezinho)

Uma palavra, um conto

Uma iniciativa da amiga Norma

,A palavra é saudade.

   Júlia teve um marido violento, era muito exigente e a deixava atormentada. Não contribuía para o bem-estar da família, ainda se achava no direito de ser o primeiro a ter tudo a tempo e a hora e ainda ser o servido sem nada partilhar.

    Ela viu a mudança no seu modo de proceder para com ela logo no início do casamento. Ficava cada vez mais claro que só queria se aproveitar da mulher.    

     Mesmo assim, ela se pôs na condição de mulher submissa... foi obediente aos seus caprichos independentemente de não ter os desejos atendidos também, como é normal num relacionamento a dois.

Pensava que, com o tempo, ele mudaria... ledo engano!

Foi piorando cada vez mais, a ponto dela não suportar sequer conviver com tanta maldade em todos os sentidos, mas não tinha força de voltar atrás.

    Tentava, com sua paciência, esperar uma mudança radical que não ocorreu jamais.

    Ela sentia saudade do seu pai, do convívio familiar que não podia mais ter, pois ele a proibia de vê-los.

   A nostalgia foi tomando conta do seu coração,  ela se entristeceu tanto que não teve outro jeito a não ser sair fora do perverso homem de coração de ferro enferrujado. Ficou até adoentada de tanta perversidade que tal monstro lhe causara.

    A saudade dos velhos tempos onde ela se cuidava bem, tinha sua independência financeira e emocional foi mais forte.

 Chegou o dia da libertação, afinal, ainda que pela dor.

Adeus, relacionamento hediondo!