Júlia enfrentou um casamento em sua tenra idade com muita valentia.
Ou era sua "madrasta" ou o marido sádico e abusivo (só descoberto depois... )
O que fazer ante a cruz e a espada?
Viver sem experimentar a felicidade era duro demais.
No início, tudo parecia ser um mar de rosas mas, com o passar do tempo, o álcool e a falta de respeito no casamento lhe tiraram todo alento.
Ela se esforçava em agradar, fazia tudo que ele queria para minimizar transtornos maiores.
Pensava que, com o passar dos anos, Antônio iria melhorar de temperamento e seria menos abusivo.
Ele não gostava de trabalhar... antes de conhecê-la, fazia algo sim, mas com o casamento com ela, passara a viver às suas costas, exigindo tudo do bom e do melhor, sem nada contribuir.
Muito cansada ficava com o trabalho dentro e fora do lar que a consumia.
Ele aguardava uma suposta herança que ela nunca viu a cor até o final forçado do seu casamento.
Ficou grávida e creu que tudo iria melhorar. Ledo engano.
Começaram os abusos de todo tipo.
Ela aguentava firme à espera de mudanças que nunca vieram.
Ao efeito do álcool, comecaram a violência e a dor na sua alma.
Não havia respeito pela sua pessoa, as agressões morais, emocionais precederam às físicas muito prontamente.
Teve um dos seus "resguardos quebrados" por uma grande violência física e a justiça teve que intervir, até que o marido saiu e a convenceu a largar tudo, sair de perto da sua família e irem viver longe.
Continuava a perdoar e a acreditar que haveria uma mudança.
Pobre coitada! Quantas humilhações vivera, até em público.
Não tinha mais amigas sequer. Era só para os filhos que tentava viver.
A violência se estendera aos filhos e ela era espancada na frente dos seus meninos. Só quando ele a nocauteava, partia agressivamente para os meninos também.
Ela estava acabada, acreditava na honradez de um homem e teve sua grande primeira desilusão.
Muito extenuada, foi suportando tudo até que ela se viu na iminência da fuga inevitável das garras de um ser cruel e sádico além de covarde, um grande mentiroso e cheio de falcatruas.
Enfim, se viu livre daquele monstro maldoso que tinha, por trás da união com a moça indefesa, sua então esposa, planos sórdidos que não foram, por sorte, contemplados.
No outro século, não havia a Lei Maria da Penha e, como outra familiar dela, o jeito era suportar com fé até uma oportunidade de livramento, como ocorreu.
Não foi fácil recomeçar sua vida e ouvir da própria família arrogâncias mil. Enfrentar juízes de plantão dispostos a condenar ao invés de compreender e que se arvoravam em repreensões... era desolador demais.
Só quem sabe o que passa uma mulher é a própria, muitas vezes.
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Hoje, passado mais de 15 anos da Lei Maria da Penha, como vocês acham que a mulher agiria?
O índice de feminicídio em meu Estado é altíssimo.
Um livro meu pela passagem do aniversário da Lei Maria da Penha
Roselia, retratas aqui tão bem o que um amor bandido é capaz de fazer.Pobre mulheres( e muitos homens também ) que vivem essa tragédia em suas casas. E temos tantos casos a ver. Ainda bem a Lei Maria da Penha chegou, o que veio ajudar as mulheres. Mas, nos dias de hoje, nem sempore adianta. De dentro de onde estão detidos, conseguem um jeito de mandar acabar com a mulher de quem se julgam donos .... Um problema que depende muito de uma justiça bem aplicada! Esperemos um dia funcione tudo muito bem e que as mulheres possam seguras se sentir.
ResponderExcluirUm lindo fds! beijos, chica
Es un hecho que se repite miles de veces. Ojala algún día cambien las cosas. Te mando un beso.
ResponderExcluirA violência contra as mulheres é imensa mesmo quando há leis que castigam quem maltrata. A sua história muito bem contada é infelizmente muito comum em todo o lado.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
"Continuava a perdoar e a acreditar que haveria uma mudança."
ResponderExcluirÉ exactamente o que acontece na maioria dos casos de violência doméstica, a mulher perdoa e silencia, perdoa e silencia, e um dia é morta.
Nem todas as mulheres têm a coragem de Júlia, a protagonista da desta história.
Beijo carinhoso. Uma linda semana.
Triste história, minha amiga; e o pior é que semelhante a muitas da vida real! :( Infelizmente, ainda existem pessoas desse jeito, capazes de humilhar e de se submeter; como se o amor e o entendimento não fossem a melhor forma de viver! Meu abraço, boa semana!
ResponderExcluirExistem muitos casos assim, o homem maltrata a mulher, essa lei Maria da Penha não funciona infelizmente, bjs.
ResponderExcluirOlá amiga Rosélia!
ResponderExcluirEsta postagem retrata bem como as pessoas vivem com violência doméstica, infelizmente cada vez há mais.
Beijinhos e boa semana
Boa tarde Amiga Rosélia,
ResponderExcluirUma história pungente de uma Mulher que tanto sofreu às mãos desse energúmeno.
Infelizmente muitas mulheres ainda continuam a sofrer de violência doméstica e muitas calam por medo.
Que Deus tenha compaixão.
Tenha dias abençoados.
Beijinhos de paz .
Emília
Nós, mulheres, sofremos, como as fêmeas dos trogloditas em suas cavernas. Eu não ainda. Espero que nunca. Lá em casa é só paz e amor, graças a Deus.
ResponderExcluirBeijos.
Uma história muito triste que nos contas Roselia. Infelizmente estas situações são frequentes. Só existe um caminho, a denúncia e a separação imediata. A mulher tem que ter a coragem de o fazer, porque o arrastar do tempo tudo piora!
ResponderExcluirUm homem perde toda a sua dignidade quando maltrata assim uma mulher!
Um abraço fraterno minha amiga!
Esse blog é uma delícia. Tudo certinho e bonito de ver. Beijos.
ResponderExcluirVEIO DA EMÍLIA:
ResponderExcluirO amor não pode ser " bandido", mas, infelizmente , ele é tantas vezes muito pior que isso. O bandido nem sempre mata mas há quem não seja considerado bandido e mate a mãe dos seus filhos. A lei Maria da Penha foi uma grande conquista aí no Brasil e, se a mulher fizer queixa o agressor vai preso. Aqui também há muita violência doméstica, querida Amiga e algumas mulheres ainda têm medo de denunciar. 9 Amor tem de ser protecção, tem de ser o nosso balão de oxigénio, aquele balão que nos enche de alegria e que depois voa nos ares, espalhando-se por todo o lado. Lindo, como sempre, querida Rosélia! Adorei as músicas. Obrigada e fica bem, com saúde e muito amor à tua volta. Beijinhos
Emilia 🎈 ♥️